A diminuição no número de passageiros e consequente redução na oferta de carros em circulação é, sem dúvida, o principal impacto na crise vivida pelo transporte público coletivo — e agravada pela pandemia da COVID-19.
Retomar a confiança e a preferência do usuário é um processo que demanda estratégias pensadas para médio e longo prazos. Nesse contexto, o investimento em tecnologia foi a solução encontrada por operadores de sistemas de transporte coletivo de diferentes regiões do Brasil, como Macapá (AP), Vale do Aço (MG), Criciúma (SC), Xanxerê (SC) e Barcarena (PA), para suportar esta evolução.
Do offline para o online
O que esses operadores têm em comum, além de estarem investindo na modernização dos seus sistemas de transporte? Todos eles estão se preparando para adotar a bilhetagem online, um movimento importante para a abertura de novas possibilidades de melhorias no serviço e na operação.
A ACTU – Associação Criciumense de Transporte Público, que opera em Criciúma e que já contava com validadores no modelo SPX790, investiu na modernização da bilhetagem, e ainda este ano dará início a uma atualização de forma modular, o que inclui o incremento de novos dispositivos dentro do validador, como o AVL integrado e leitor de QR Code para pagamento da tarifa.
Macapá também incluiu o pagamento via QR Code como parte da evolução da bilhetagem. Lá, o processo de modernização do sistema de transporte municipal, que é operado pelo Setap, inclui a troca dos validadores para o modelo SPX710, com conexão 4G, que permitirá a comunicação online com o veículo e outros dispositivos embarcados. Essa evolução possibilitará a automatização de processos operacionais como a atualização de tabelas — tanto de recarga quanto de restritos.
A Univale Transportes, que opera o transporte público na região do Vale do Aço, passará a operar com validadores SPX700-EX, o mesmo modelo que será adotado em Barcarena, que ainda não contava com um sistema de bilhetagem eletrônica.
Em Barcarena, os validadores também serão equipados com AVL, que alimentarão o sistema de gestão de frota, assim como em Xanxerê. Ambas as operações terão a plataforma de bilhetagem hospedada pela Empresa 1 na nuvem.
Ao migrar para o online, além de otimizar vários processos operacionais, esses sistemas de transportes abrirão caminho para outras evoluções, como:
- oportunidades para implementação de novos meios de pagamento, o que, além de gerar mais atratividade para o usuário, contribui para a retirada do dinheiro embarcado;
- possibilidade de oferecer recarga online para facilitar a aquisição do crédito pelo usuário;
- melhoria da experiência do cliente por meio de serviços digitais.
Todos esses avanços impactam diretamente na percepção que a população tem do serviço entregue, contribuindo para que o transporte público local se fortaleça e volte a ser a primeira opção de muitos usuários.
Aprimorando o relacionamento com o cliente
Outro fator determinante para a retomada do crescimento do transporte público está ligado à transformação na forma como os sistemas se relacionam com os seus usuários. A modernização nesse contexto preenche uma lacuna.
Em Criciúma, por exemplo, com o objetivo de garantir mais comodidade para a população, a ACTU investiu na digitalização de alguns serviços. Por meio do SI.GO, aplicativo da Empresa 1 para os usuários, os passageiros poderão emitir os tickets QR Code, solicitar a recarga de créditos e realizar o cadastro e recadastro de seus cartões de transporte — o aplicativo possibilita tanto o recadastramento de forma online quanto o agendamento de horário para atendimento presencial. O SI.GO também será adotado em Xanxerê, para que os usuários possam fazer a recarga do cartão via aplicativo.
Em Macapá, que já tem integração entre bilhetagem e rede de venda digital graças à parceria entre Empresa 1 e RecarpaPay, a expectativa é de que a migração para o online gere ainda mais atratividade para essa modalidade de pagamento.
Esse modelo é viável em função da operação com validadores online, que, aliada à automatização da geração de tabelas incrementais de recarga e restrito, possibilita que o crédito do transporte fique disponível para o usuário em poucos minutos.
Evolução escalável
Uma consideração importante que os operadores de transporte fazem ao avaliar uma estratégia de modernização é em relação aos investimentos necessários para colocá-la em prática. Naturalmente, essa é uma questão delicada e que envolve uma avaliação profunda sobre o custo-benefício do projeto.
Por outro lado, quando se tem um parceiro que desenvolve soluções baseadas em arquitetura modular, como é o caso da Empresa 1, é possível ampliar as funcionalidades da bilhetagem de forma escalável, uma vantagem considerável principalmente se considerarmos o contexto no qual o setor se encontra.
Mesmo que a modernização completa não seja uma estratégia a ser executada de forma imediata, o operador pode incluir novos recursos gradativamente, o que garante o crescimento saudável e sustentável do sistema de transporte.
E já que estamos falando em investimento em tecnologia, saiba como a modernização da bilhetagem pode ajudar os sistemas de transporte a superarem os impactos da pandemia.