Quanto vale a inovação no transporte público coletivo brasileiro?

A ineficiência operacional e sistemas ultrapassados ainda perduram em diversos aspectos do transporte público coletivo no Brasil. Vemos problemas assolarem as instituições responsáveis pela operação, sendo o pior deles: a grande evasão de clientes. Fator este que influencia na sustentabilidade do negócio e, assim como um ciclo vicioso, afeta diretamente a relação com o cliente final.

Como é possível construir novos caminhos para o transporte público no Brasil? Como poderemos impulsionar a mudança?

 

A oportunidade por trás do problema

A inovação, uma vez que acompanhada pelo desenvolvimento tecnológico, vem como resposta para grande parte dos problemas enfrentados pelas empresas do setor.

Inovar significa criar caminhos ou estratégias diferentes aos habituais, a fim de que atinja um determinado objetivo. Ou seja, modificar antigos costumes, legislações, processos, modelos de operação, ferramentas de trabalho, entre outros. Neste caso, tendo a tecnologia como uma ferramenta e uma aceleradora.

Caminhar nesta direção representa colocar em movimento ações práticas capazes de driblar riscos como:

  • Obsolescência do serviço;
  • Diminuição de rentabilidade e receita;
  • Impactos negativos na imagem da empresa;
  • Perda de competitividade;
  • Perda de novas oportunidades de negócio;
  • Distanciamento dos padrões em mercados similares;

Um movimento que já não é mais opcional e tende a ficar cada vai mais intenso. Futuramente, será impossível concorrer com iniciativas e soluções disruptivas que aparecem frequentemente no mercado se não estivermos dispostos a acompanhar a mudança.

 

Ampliando o foco da inovação do transporte público coletivo

Outro aspecto inerente ao processo de inovação é a compreensão do problema pela perspectiva do cliente. A relação que vem sendo construída entre os clientes e os serviços de transporte individual é baseada no entendimento de necessidades como comodidade, eficiência e custo-benefício. O cliente sente atendido, mais respeitado e valorizado.

Essa abertura para um novo modelo de relacionamento também é uma oportunidade para o transporte público coletivo. É possível utilizar as novas tecnologias, não só para resolver problemas como meios de pagamento e acesso ao serviço de forma integrada, como também criar estratégias de análise de dados de comportamento desses clientes que estão na plataforma para alimentar inovações futuras.

Ou seja, usar a nova experiência para buscar soluções criativas e inovadoras que, ao mesmo tempo, sejam economicamente sustentáveis e gerem benefícios para a sociedade em termos de preço, qualidade e transparência.

Inovar sem esta perspectiva seria como investir tempo, esforço e dinheiro para criar algo que o mercado não precisa ou não deseja.

Segundo Philip Kotler “As companhias prestam muita atenção ao custo de fazer alguma coisa. Deviam preocupar-se mais com os custos de não fazer nada.”.

Apesar de provocação, é inevitável tratar o investimento em inovação como um risco. E a contramedida para isso é levantar dados e estudar formas de mitigar estes riscos. Só não vale paralisar.

Foi a inovação que nos trouxe até aqui, e é ela que irá nos tirar dessa.

 

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