Um estudo divulgado recentemente pela empresa de tecnologia Fiserv sobre os hábitos de consumo dos brasileiros ressaltou o crescente aumento da popularidade dos pagamentos digitais no país. O grande destaque ficou para o Pix, que apareceu em 2º lugar entre os meios de pagamento preferidos dos brasileiros.
Além disso, ele foi eleito por 66% dos entrevistados o meio de pagamento mais seguro, superando, inclusive, dinheiro em espécie.
Desde que foi lançada, a nova modalidade de pagamento cresceu de forma muito rápida e, segundo o BC, atualmente são mais de 274 milhões de chaves Pix cadastradas, contra 95 milhões no mês de novembro de 2020 – um aumento de mais de 188% em poucos meses.
Mas, por que esses dados são relevantes para o transporte público? Por trás desses números, está uma tendência marcante de mudança no comportamento do consumidor, algo que precisa ser observado de perto pelo setor e levado em consideração no planejamento de uma modernização do sistema.

Dados do Estudo Experiência Brasileira com Serviços Financeiros, realizado pela Fiserv.
É o fim do dinheiro em espécie?
O crescimento do Pix acontece ao mesmo tempo em que outros meios de pagamentos digitais, como as carteiras digitais, ganham a simpatia da população. Quando comparada em relação ao período antes da pandemia, a preferência dos entrevistados aponta para um declínio expressivo do uso do dinheiro em espécie, muito motivado pelo risco de contágio com o novo Coronavírus.

Dados do Estudo Experiência Brasileira com Serviços Financeiros, realizado pela Fiserv.
Dispositivos móveis são destaque
Além da pandemia, essa mudança nos hábitos da população está sendo impulsionada por fatores como o crescimento no número de dispositivos móveis por pessoa – segundo a Faculdade Getúlio Vargas (FGV), somente no Brasil existem 234 milhões de smartphones para uma população de 211 milhões de pessoas.
Para consumidores adultos de todas as idades, inclusive, o smartphone se tornou mais importante do que a carteira física. Segundo o estudo, 58% dos entrevistados disseram que seria pior perder e nunca encontrar o celular do que a carteira, variando de 63% entre pessoas de 25 a 34 anos a 51% entre pessoas de 55 anos ou mais.
Como o transporte público pode aproveitar este momento para ganhar em competitividade?
A adesão dos brasileiros aos pagamentos digitais veio para ficar e não é uma tendência que se fortificou somente por conta da pandemia, como pode-se observar. Essa transformação tem reflexo direto no relacionamento do usuário com o transporte público e aponta para o potencial da digitalização dos meios de pagamento e para a necessidade de acelerar esse processo, não só para contribuir com a retirada do dinheiro a bordo, mas para gerar mais atratividade para o usuário.
Para modernizar o seu sistema de transporte com foco na oferta de novos modelos de pagamento para a população é fundamental contar com uma plataforma de bilhetagem robusta e preparada para integrar outras soluções. Neste artigo, nós damos dicas de como inovar o modelo de venda no transporte público.