O que a pesquisa da Mc Kinsey tem a dizer ao transporte público

O instituto Mc Kinsey acaba de divulgar o Brazil Digital Report, um relatório muito rico sobre o momento atual da economia digital brasileira. O que esta pesquisa tem a dizer ao transporte público? Muita coisa!

 

O consumidor no centro

O ponto de partida para entender a economia digital é olhar para a mudança de comportamento do consumidor. O consumidor brasileiro está pronto para a era da ruptura digital. Ruptura essa que de muitas maneiras, já começou:

  • Mais de dois em cada três brasileiros têm acesso a smartphones e internet.
  • Brasileiros passam mais de 9 horas por dia conectados (entre as maiores taxas do mundo).
  • Ocupamos a 2ª ou 3ª posição no mundo no que diz respeito ao uso de plataformas de mídia social.
  • A publicidade digital continua crescendo, em dois dígitos. Assim como o comércio eletrônico, a economia compartilhada e os serviços de entrega em domicílio.

Mas, que por outro lado, ainda tem muito a evoluir se compararmos o Brasil com países líderes na revolução digital. E é aí que estão as oportunidades.

A hora é agora

Para quem ainda está falando em crise, é melhor deixar este discurso de lado. Como esperado em todo ciclo econômico, voltamos a crescer, mesmo que timidamente. Tendo o consumo como principal motor de crescimento, são esperado reflexos positivos a curto prazo em diversos setores da economia.

Além de também contribuir para o aquecimento econômico, os investimentos em TI, especialmente em softwares e serviços, devem ajudar o país a impulsionar seu processo de transformação digital. Este cenário tem uma forte relação com o transporte público, que passa a necessitar não apenas de investimento em infraestrutura, mas também em tecnologia para melhorar sua prestação de serviço e atrair novos usuários.

Usuários estes que estão cada vez mais conectados. De acordo com o Brazil Digital Report, o típico usuário de internet no Brasil está no meio urbano, tem menos de 45 anos, está entre as classes A e C e acessa a internet via dispositivos móveis.

E não é pouco tempo que os brasileiros ficam conectados. São 9 horas por dia, sendo que 44% deste tempo acessam pelo celular.

 

Até o momento, o uso da internet para mobilidade é liderada pelos aplicativos Uber, 99 e Waze. Os dados abaixo confirmam o poder dos aplicativos de transporte individual. Caso estes números te assuste, convidamos a ver o artigo “Está preparado para enfrentar a concorrência em 2019?” . É um convite para uma nova forma de olhar para este cenário, com olhar de aprendizado.

Então o brasileiro gosta de aplicativos?

Já somos o 4º país que mais faz download de aplicativos no mundo. São feitos mais de 6 bilhões de downloads por ano. Isso representa, aproximadamente, 29 downloads por brasileiro/ano. Nesta hora você deve estar pensando em alguma das alternativas…  “Preciso fazer um aplicativo!” ou  “Será que ter o aplicativo próprio para passageiro de transporte público é mesmo o melhor caminho?”, ou ainda “Este mercado não está saturado?”

Se ainda não está saturado, precisamos tomar cuidado. É aí que vem o principal conceito para investimento em tecnologia daqui para frente: INTEGRAÇÃO. Soluções fechadas estão na contramão do avanço.

Pense em um aplicativo onde o usuário possa fazer TUDO, andar em todos os modais, pagar de diferentes formas e ter acesso a informações de horário para planejar sua viagem. É hora de começar a pensar em Account Based Ticketing, o tão falado ABT.

 

Um olhar para o setor

Além dos dados acima, a Mc Kensey publicou o artigo A Mobilidade em 2030 com insights que confirmam algumas tendências que vem sendo muito faladas no setor. Segundo o artigo, as quatro grande tendências para 2030 são: (1) veículos compartilhados, (2) carros autônomos, (3) carros conectados e (4) carros elétricos.

Como para nós o termo MOBILIDADE necessariamente passa pelo COLETIVO no centro, fizemos uma relação com a nossa realidade:

  1. Com a crescente adoção do compartilhamento, o transporte passa a ser visto como um serviço. Olha aí o conceito de Mobility as a Service (MaaS)!
  2. O monitoramento em tempo real das condições da frota, gerando cortes de custo. Aqui podemos associar à Telemetria e toda inteligência que pode ser extraída do processamento de dados dos dispositivos embarcados.
  3. Com os carros autônomos e conectados, deverá surgir um mercado de entretenimento e consumo de produtos e serviços dentro dos veículos. Mais um desafio para o transporte público. Como você pode deixar a viagem do seu cliente mais confortável?
  4. Os carros autônomos vão trazer benefícios como: segurança, sustentabilidade, economia. Ônibus autônomos podem potencializar ainda mais este ganho. Se você ainda não viu o ônibus autônomo, confere esta reportagem da CNN que mostra o projeto da Trapeze, empresa do Grupo Volaris.

 

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