Vamos ser realistas, o transporte público no Brasil é, hoje (2019), baseado em um modelo de operação proprietário, exclusivo, construído a partir de sistemas de pagamento closed-loop. Na contramão, estamos sendo bombardeados com conceitos novos, como: MaaS (mobilidade como serviço), ABT (account based ticketing), Serviços On Demand (sob demanda) e Customer Centric (usuário no centro) e por aí vai.
Apesar da distância entre estas duas realidades, já é hora de começar a se preparar para a era da mobilidade como serviço, pois ela vai chegar. E este futuro está cada vez mais próximo.
Como se preparar para a mobilidade como serviço
Todos estes novos conceitos estão diretamente ligados à bilhetagem eletrônica, que é a forma de acesso do passageiro ao serviço. Este é o motivo pelo qual precisamos começar a modernização por aqui.
Os principais fatores que devem ser observados ao planejar a modernização são:
- Comunicação online: Um veículo conectado representa a atualização e comunicação constante, essenciais para a operação em tempo real. Se o seu validador não opera online e não tem capacidade de processamento e de integração com outros dispositivos, consequentemente não permitirá a modernização do sistema. Renovar o parque de validadores é um bom começo.
- Plataformas com foco no usuário: O desejo de qualquer usuário, de qualquer serviço: uma boa experiência de uso. As formas de acesso do seu usuário à informação sobre o serviço (hora, tempo de chegada e etc) e compra de crédito precisam refletir isso. Trabalhe com conceito de multicanais, dando opções para seus clientes. Coloque a informação e o controle de acesso na mão dos usuários . Dê a eles opções para pagar, sejam físicas ou virtuais. Invista em uma comunicação de mão dupla, para ouvir o que ele tem a falar, e informar o que você tem a oferecer. Assim, você cria uma nova atmosfera, focada na satisfação do seu cliente.
- Sistema com capacidade de integração: Esse contexto nos leva a uma arquitetura baseada em serviços. O que na prática significa sistemas que permitem alto nível de integração com outras aplicações de forma rápida e flexível. Pelo contrário, seria impossível pensar em uma plataforma de mobilidade integrada. Onde existe troca de comunicação de dados e serviços, entre diferentes plataformas, de distintos fornecedores. É aí que entram as famosas APIs (Interface de Programação de Aplicações), que padronizam a comunicação entre estes elementos.
A Empresa 1 está se preparando para que o sistema de bilhetagem seja o centro tecnológico deste novo modelo de operação, através de uma nova geração do seu software, o Sigom ST5. Aguarde, em breve teremos muitas novidades.
Se ainda está com medo de modernizar, leia o post: Modernização do sistema de bilhetagem eletrônica: é custo ou investimento?