Em um cenário em que o transporte público continua lutando para sobreviver, após um longo período de pandemia, é preciso usar todos os artifícios e ferramentas possíveis para melhorar o resultado do negócio, seja ganhando competitividade para atrair mais, melhorando a eficiência da operação ou combatendo a fraude e evasão de receita. No mundo em que as empresa de transporte precisam cuidar de tantas frentes para acelerar o movimento de recuperação, a biometria facial é, sem dúvida, um importante aliado.
O modelo brasileiro e a necessidade de controle
Como no modelo atual do transporte público brasileiro o valor da tarifa depende diretamente dos custos envolvidos na prestação de serviço, as fraudes podem ser grandes ofensores do cálculo tarifário.
De acordo com um estudo feito pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), o impacto que a gratuidade tem nas tarifas chega, em média, a 21,7% da receita total. Como solução, um processo de controle e monitoramento de uso de benefícios tarifários tornou-se cada vez mais necessário no transporte público. Independente da existência ou não subsídio do governo. Afinal, mesmo que haja um repasse para cobrir os passageiros com acesso a gratuidades e descontos, é necessário garantir que quem usa o benefício é apenas o titular.
Outra realidade encontrada em diversas cidades brasileiras são as tentativas de comércio ilegal com o uso dos cartões de tarifas especiais. Quem nunca ouviu falar dos vendedores de cartão/passagem, que abordam os passageiros antes do embarque oferecendo o acesso à estação ou até mesmo ao ônibus com valores menores que o cobrado oficialmente? Para combater qualquer um destes tipos de fraude, a biometria facial é uma ferramenta importantíssima e precisa ser bem gerenciada.
Você pode conhecer mais sobre o assunto acessando o e-book “Biometria Facial – um guia para combater a fraude” aqui.
O papel da tecnologia
Ao longo dos últimos 10 anos a Empresa 1 vem acompanhando o uso da biometria facial em cidades com diferentes perfis e demandas. Separaremos dois cases que podem te inspirar:
Controle do bilhete único com a biometria facial / Fortaleza
Em Fortaleza, cidade com mais de 2 milhões de habitantes, a biometria facial foi um fator essencial para viabilizar o bilhete único, programa de integração temporal que permite o uso do sistema por até 2 horas, pagando apenas uma tarifa. Depois da tecnologia ser implantada, o volume de bloqueio de cartões devido a fraudes ou uso indevido chega a 4 mil por dia.
Confira o relato de Jackson Uchoa, gestor de TI na Sindiônibus.
Controle de benefícios e manutenção de subsídio com a biometria facial / Florianópolis
A ampliação do escopo de uso da Biometria Facial para controle de gratuidades faz parte do pacote de modernização que está em processo de implantação na cidade de Florianópolis em 2022. A cidade hoje oferece por meio de subsídio benefícios para cartões sociais, portadores de necessidade especiais, idosos e estudantes.
O processo de cadastro, liberação do benefício no sistema e controle do uso é feito em parceria pelos operadores e prefeitura. Além do sistema de biometria facial – Sigom Vision – responsável pelo monitoramento, este processo envolve também as plataformas de Web.Serviços, no qual a própria prefeitura faz o cadastro do beneficiário, e o aplicativo Si.Go, utilizado por passageiros para recadastro e envio de documentos que comprovam a manutenção de benefício.